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Natal/RN – Grande Natal precisa refazer limites entre cidades 02/02/2012

Posted by Afauna Natal in Meio Ambiente Urbano.
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Fonte: No Minuto.com – Roberto Guedes.

(Terceira e última parte da Coluna de hoje)

NATAL, madrugadinha de quarta-feira 1º de fevereiro de 2.012 – Uma movimentação de rua que moradores e veranistas de Redinha e principalmente Redinha Nova realizaram no último domingo, 29, tem tudo para exumar uma discussão que estranhamente os líderes da região metropolitana potiguar teimam em manter na gaveta do esquecimento. Trata-se de redefinir os limites territoriais entre alguns municípios que integram a chamada “Grande Natal”, ajuntamento de dez municípios que, devido à falta de uma gerência regional, cresce e incham mas não podem exatamente ser apresentados como corpos que se desenvolvem.

No caso, os moradores protestaram contra o descaso com que o governo municipal de Extremoz desconhece olimpicamente Redinha Nova, a despeito de o prefeito local, empresário Klauss Rego, ter, além da política, como uma de suas ocupações, a condição de um dos donos de hotéis situados naquele trecho do litoral imediatamente a norte de Natal.

Principalmente, porém, resolveram aproveitar o ensejo para pedir que Redinha Nova seja transferida, passando a integrar o território e as preocupações da prefeitura de Natal. Topicamente, o pedido faz muito sentido, pois não há a menor ligação entre a praia e a vila de Extremoz, onde tem sede a prefeitura. Menos ainda há liame entre a o balneário e a prefeitura, que em termos turísticos e urbanísticos só enxerga praias situadas um pouco mais a norte, de Genipabú a Pitangui.

A despeito de a vida ser um fato local, não se deve atentar somente para este cenário, pois há muito tempo exigem um redesenho do mapa da região metropolitana algumas situações que já descambaram para conflitos administrativos, como um que opõe as prefeituras de Macaíba e Parnamirim em torno de uma área situada nas proximidades de Passagem de Areia. Há muitos anos os prefeitos das duas cidades resolveram dialogar a respeito, mas o encontro findou com a certeza, proclamada pelo de Macaíba, de que seu governo custeava todos os investimentos públicos na área enquanto o do vizinho município cobrava o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) dos moradores de lá.

Também precisa ser revista a relação limítrofe entre Natal e São Gonçalo do Amarante, caracterizada por uma avenida de forte densidade empresarial com um lado nesta capital e o outro no município vizinho.

O mais grave entre esses problemas, se bem que nunca levou ninguém a terçar armas, é a situação vivenciada pelos moradores de Nova Parnamirim, verdadeiro enclave de Natal em território do vizinho Parnamirim, onde têm domicílio residencial e apenas pernoitam milhares de natalenses que ganham a vida na capital potiguar.

Algumas realizações administrativa pré-eleitorais, levadas a cabo pela prefeitura de Parnamirim, mostraram, em determinadas ocasiões, o descaso com que a de Natal trata sua parte vizinha à desse município. É o caso da avenida Airton Senna, que o então prefeito Agnelo Alves, hoje deputado estadual pelo PDT, tratou muito bem quando resolveu aplicar-lhe recapeamento asfáltico e nova iluminação artificial, enquanto o colega de Natal, por sinal seu filho, Carlos Eduardo Alves, vergonhosamente entregava o trecho natalense da artéria às traças.

Longe de safras eleitorais, no entanto, os dois governos se nivelam no esquecimento, levando os veteranos moradores de Nova Parnamirim a se referir à sua comuna como “Nem”, como quem não é de Parnamirim nem de Natal.

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